Situação Problema

Aline é moradora de uma pequena cidade do Maranhão, chamada Codó, onde a religiosidade é muito presente e com ela o uso de plantas medicinais, para fins como medicações e curas (físicas e/ou espirituais).
Grávida e reclamando de dores freqüentes no estômago, Aline decide seguir o conselho de uma tia, que a recomenda tomar chá de Carqueja, sem a procurar de um médico. O que nenhuma das duas sabiam eram sobre os efeitos abortivos da planta, o que resultou em um aborto espontâneo.

A questão é: Como casos de auto-medicação podem ser evitados nesse tipo de situação? 

O uso terapêutico dessas plantas envolve várias etapas da cadeia produtiva, sendo a procedência, coleta, secagem, armazenamento, comércio, modo de preparo pelo usuário e uso. Algumas possuem suas funções comprovadas, como a carqueja (Baccharis trimera), que é indicada para combater principalmente problemas hepáticos e do sistema digestório, além de ter efeito analgésico e anti-inflamatório. Apesar de sua eficácia comprovada, a carqueja, assim como diversas plantas, também possui substâncias tóxicas. Ela, apesar de possuir baixa toxidade, em altas doses pode desencadear diversos problemas, incluindo aborto.
Apesar de serem uma solução mais barata para alívio de alguns sintomas, devemos ter sempre em mente que algumas plantas não tiveram sequer estudos a respeito de sua toxidade, nada além de conhecimentos tradicionais. Vale ressaltar que a grande diferença entre um remédio e um veneno está na dose.
O consumo de fitoterápicos e de plantas medicinais tem sido estimulado com base no mito “se é natural não faz mal”. Porém, ao contrário da crença popular, eles podem causar diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas (inchaços) e até a morte, como qualquer outro medicamento.

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